A experiência do Instituto Aliança na área da inserção socioprodutiva de jovens de baixa renda foi apresentada, ao lado de outras experiências, na Conferência Ethos 360º, realizada em São Paulo nos dias 26 e 27 de setembro. O evento ocorre anualmente desde 1999 e é um dos maiores do gênero na América Latina. Nesta edição, reuniu 1.200 empresários, especialistas e líderes de institutos e organizações do terceiro setor para pensar num projeto de retomada do crescimento do país.
Foi no painel O Futuro do Trabalho e do Emprego que a coordenadora nacional de Inserção do Programa Escola Social do Varejo, do Instituto Aliança, Solange Leite, teve a oportunidade de apresentar o trabalho desenvolvido pelo Instituto Aliança nos últimos 12 anos. Mais de 16.000 jovens que participaram dos programas de inserção socioprodutiva do IA já foram inseridos no mercado de trabalho.
Como construir o combate ao desemprego como uma pauta permanente das organizações, das empresas e do país? Esta foi a pergunta central do painel, que também contou com falas de Márcio Pochmann, da Fundação Perseu Abramo, e Ricardo Henriques, do Instituto Unibanco. Os três palestrantes apresentaram dados que demonstram o desafio do Brasil para construir soluções de combate ao desemprego. Além da retração da economia, que por si só tem causado altas taxas de desemprego e subemprego, os baixos indicadores de educação e a velocidade das mudanças no mundo do trabalho, com a inclusão acelerada da inteligência artificial, tornam o enfrentamento do desemprego, principalmente o juvenil, um enorme desafio para o país, que só poderá ser enfrentado por uma ação articulada entre organizações, empresas e governo.
Para Solange Leite, é papel das organizações sociais contribuir para o combate ao desemprego juvenil. “Diante do enorme desafio de preparar os jovens para um novo mercado de trabalho completamente imprevisível, remodelado em função de mudanças disruptivas, com a incorporação de inteligência artificial ocorrendo em velocidade meteórica, as organizações sociais devem desenvolver, implantar, testar, validar e sistematizar novas tecnologias sociais, adaptando e transferindo essas novas tecnologias, incidindo sobre as políticas publicas”, concluiu.
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